O
filme O Nome da Rosa baseado no livro homônimo de Umberto Eco,
retrata o cotidiano de um mosteiro beneditino abalado por uma série
de mortes de monges ocorridas sem explicação inicialmente. Os
acontecimentos coincidem com a visita do monge franciscano William
que acompanhado de seu noviço, Adso, chega com o intuito de
participar das discussões a respeito da doação de bens aos
necessitados e a condição de pobreza ou não dentro da Igreja
Católica.
O
mosteiro era famoso por sua coleção de livros, guardados na
biblioteca secreta para impedir o acesso da maioria das pessoas,
mantendo o poder do conhecimento sob controle da Igreja Católica. O
período está marcado pelo teocentrismo, já que os fatos se
desenrolam em plena época medieval. A atmosfera sombria do mosteiro
em adição ao pensamento vigente ligado ao sobrenatural, levam os
monges a acreditarem que as mortes se devem a intervenções
demoníacas, e impedem toda e qualquer tentativa de esclarecimento
racional.
William,
renomado pelo uso da lógica e busca da verdade, utiliza-se de sua
inteligência, seu aprendizado filosófico e de seus métodos de
investigação baseados na lógica e na observação minuciosa das
evidências, para investigar as mortes, chegando à conclusão de que
todas as mortes estavam ligadas à leitura de uma obra rara e
proibida. Entretanto, existe uma forte determinação entre os
administradores do local em manter as versões místicas, em
detrimento da verdade apontada, e assim mesmo depois de todas as
evidências, o abade não permite que William entre na biblioteca
oculta aos demais. Buscando encobrir os fatos, é convocado o
inquisidor Bernardo Gui, que conduzirá um tribunal inquisidor para
acusar os suspeitos de bruxaria e envolvimento com as trevas. Entre
os acusados está uma jovem que vende seus favores sexuais em troca
de alimentos. A condição da mulher é de inferioridade, ligada ao
pecado e responsável pelo aliciamento dos homens ao mal.
Durante
o julgamento, William contrapõe os argumentos do inquisidor-mor, na
tentativa de inocentar os acusados, e então é incluído no rol de
suspeitos e passa a situação de acusado de heresia. Desenrola-se
então uma corrida contra o tempo para encontrar o livro proibido e
livrar todos os acusados. Tendo penetrado na biblioteca e encontrado
Monsenhor Jorge de posse da obra, trava-se o diálogo que esclarece a
motivação para as mortes. Sendo a obra escrita por Aristóteles que
promovia o riso e a alegria, segundo a interpretação do Monsenhor
Jorge o fato de rir levaria o homem a duvidar e desrespeitar até
mesmo Deus. Na tentativa obstinada de impedir o acesso do conteúdo
aos demais, este monge decide envenenar as páginas com Arsênico e
assassinar aqueles que não morressem graças a este artifício.
Um
grande incêndio provocado pelo assassino descoberto e a revolta dos
habitantes da região em torno do mosteiro pela condenação da jovem
à fogueira impedem a concretização dos planos do inquisidor de
levar William ao tribunal de Roma para acusação. Desta forma
William e seu discípulo, Adso, vão embora do mosteiro e seguem
destinos diferentes no decorrer de suas vidas. Sendo que o discípulo
afirma nunca mais ter avistado seu mestre e já na sua velhice narra
os fatos ocorridos nestes dias passados no mosteiro beneditino
assombrado pelas mortes misteriosas e seus desdobramentos
fantásticos.
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